segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Ternura.

Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentado
Pela graça indizível dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras dos véus da alma...
É um sossego, uma unção, um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta, muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite encontrem sem fatalidade o olhar extático da aurora.

Vinícius de Moraes.

8 comentários:

  1. Eloisa28/11/11

    "Embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos" eternamente vinicius!!!!!

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  2. Anônimo28/11/11

    achei lindo :)

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  3. deslumbrante!

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  4. Carla Caroline28/11/11

    Nooosa esse poema retrata a paixão com todas as suas intensidade e loucuras

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  5. eu adorei ler esse poema, perfeito!

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  6. Isabela28/11/11

    que lindo, nossa amei!

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  7. Tatiana28/11/11

    é tão perfeito, tão emocionante...

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  8. Marianne28/11/11

    adorei, parabéns pela escolha!

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